terça-feira, 31 de maio de 2011

O cão faz bem ao dono

Ayrton Mugnaini Jr., especial para o Yahoo! Brasil18 May 2011 02:05:44


Não faltam demonstrações do bem-estar que a convivência com pelo menos um cão faz ao ser humano – bem-estar não só emocional, mas também físico. Há poucas coisas melhores que chegar em casa e ser recepcionado por latidos de reconhecimento (é ótimo como cães “escutam” a presença do dono mesmo estando ele ainda do outro lado da rua), um rabo abanando, um cheiro na perna ou um pulo daqueles que fazem a glória de Dino, o cão-dinossauro dos Flintstones.

Tem ainda a atenção que ele presta quando lhe contamos nossos problemas ou prazeres – todos conhecemos alguma história de amigo que nos ajudou muito a resolver algum percalço só de ouvir atentamente quando lho contamos, e o cão é ideal para esse papel. Sem falar no bem que ele fez para a auto-estima e senso de responsabilidade de seus donos (pense em como é melhor e mais positivo passar horas interagindo com o peludo que, por exemplo, assistindo a filmes bobocas ou fuxicando ao telefone). Além disso, a mera presença de um ser vivo e eterno crianção, sempre pronto a, conforme as circunstâncias, ouvir, brincar ou passear, basta para diminuir boa parte da tensão emocional e até reduzir estresse e complicações devidas a problemas cardíacos.

Também não faltam provas cabais de tudo isso. Por exemplo, uma pesquisa científica feita na Suécia em 1991 e 1996 com exatamente 1649 crianças a partir de sete anos concluiu que as felizardas donas de animais de estimação desde o primeiro ano de vida estavam menos sujeitas a asma e rinite alérgica. Outro estudo similar feito nos EUA com 1246 crianças acompanhadas do nascimento aos 13 anos de idade concluiu em 2001 que “crianças morando em lares com um ou mais cães dentro de casa [ou seja, não simplesmente largados em quartinho ou quintal, mas realmente convivendo com os donos] desde o nascimento tiveram menos probabilidades de desenvolver respiração ofegante crônica do que as que não tinham cães dentro de casa” e “a exposição a cães na primeira infância pode prevenir o desenvolvimento de sintomas de asma, pelo menos em crianças de baixo risco sem histórico de asma na família”.

Outro estudo estadunidense, publicado em 1995, concluiu que “a posse de animais de estimação proporciona uma oportunidade de melhorar a saúde. Um bicho pode se tornar estímulo para fazer exercícios físicos, reduzir a ansiedade e proporcionar um foco externo de atenção. Animais de estimação são também uma fonte de contato e conforto físico e podem reduzir a solidão e a depressão, além de proporcionar um estilo de vida interessante. Embora as provas disponíveis estejam longe de ser consistentes, pode-se concluir que, em alguns casos, relacionamentos de longo prazo com animais podem moderar variáveis fisiológicas primárias, particularmente pressão sanguínea.” Agora veja o que é ainda mais interessante nesta pesquisa: “Os resultados se mostraram mais coerentes em estudos onde animais foram adotados pelos donos como parte do procedimento.” Resumindo numa só frase: adotar é tudo de bom... e mais um pouco.

Obviamente, aqui no Brasil também temos mais demonstração dos benefícios que os cães nos proporcionam. Que o diga a jornalista e musicista Rosa Freitag, que mora em São Paulo com a filha (Melanie, doze anos), o marido (Mário Faria, músico e advogado), uma gatinha vira-lata apanhada na rua há dois anos e uma bela dupla de Golden Retrievers, Jackie e seu filho Johnny. “Mário sempre chega em casa do trabalho e fica feliz com a recepção sempre animada dos dois”, conta Rosa. “Aliás, é só ficar dez minutos longe que eles recebem como se a pessoa estivesse desaparecida há dez anos...” Rosa lembra ainda dois outros grandes benefícios trazidos pela dupla: “Minha filha dorme tranquila sabendo que os dois cães estão montando guarda, e eu mesma tenho muita segurança graças à presença deles. E Melanie sempre se preocupa com a saúde deles... Se observa uma coceira ou tossida, fica preocupada como a mãe de uma criança.”

Isso mesmo: cães, além de sempre prontos a devolver o carinho e atenção que lhes damos, ajudam a desenvolver em seus donos mais jovens o já mencionado senso de responsabilidade – assunto de outro texto desta série!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Cuidados Com o Cão Velhinho


A maioria dos cães e gatos começa a apresentar sinais de velhice entre os 5 e 7 anos.
Ao contrário dos filhotes, que são sempre ativos brincalhões, os cães velhinhos são mais calmos, gostam de um bom cochilo e não tem muita paciência para brincar e se exercitar. Dependendo do tamanho e da raça, a idade que os cães podem alcançar é de 8 a 16, 17 anos.

O envelhecimento dos cachorros é muito semelhante ao dos seres humanos: o metabolismo fica mais vagaroso, a artrite chega, o sistema imunológico cai, a visão e a audição são prejudicadas, e o controle das funções excretoras se perde. Outra mudança está no temperamento do animal. Ele fica mais “rabugento”, perde a disposição de antes para brincar e passa a se irritar com mais facilidade com crianças e cães mais jovens.

À medida em que envelhece, você notará mudanças na aparência e vitalidade dele. Como os humanos, os animais também ganham alguns “cabelos brancos”.

As necessidades alimentares também mudam. Eles costumam engordar com muito mais facilidade e é preciso controle na alimentação. O seu veterinário pode ajudá-lo a mudar a ração para um tipo especial, destinado a cães com mais facilidade.

Fonte: nutriara.com.br

Historinha...
Uma velha senhora foi para um safári na África e levou seu velho vira-lata com ela.

Um dia, caçando borboletas, o velho cão, de repente, deu-se conta de que estava perdido.

Vagando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direção, com intenção de conseguir um bom almoço.

O cachorro velho pensa:
-”Oh! Estou mesmo enrascado! Olhou à volta e viu ossos espalhados no chão por perto. Em vez de apavorar-se mais ainda, o velho cão ajeita-se junto ao osso mais próximo, e começa a roê-lo, dando as costas ao predador.

Quando o leopardo estava a ponto de dar o bote, o velho cachorro exclama bem alto:
-Cara, este leopardo estava delicioso ! Será que há outros por aí ?

Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um arrepio de terror, suspende seu ataque, já quase começado, e se esgueira na direção das árvores.

-Caramba! pensa o leopardo, essa foi por pouco ! O velho vira-lata quase me pega!

Um macaco, numa árvore ali perto, viu toda a cena e logo imaginou como fazer bom uso do que vira: em troca de proteção para si, informaria ao predador que o vira-lata não havia comido leopardo algum…

E assim foi, rápido, em direção ao leopardo. Mas o velho cachorro o vê correndo na direção ao predador, em grande velocidade, e pensa:
-Aí tem coisa!

O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o que interessa e faz um acordo com o leopardo.

O jovem leopardo fica furioso por ter sido feito de bobo, e diz:
-”Aí, macaco! Suba nas minhas costas para você ver o que acontece com aquele cachorro abusado!”

Agora, o velho cachorro vê um leopardo furioso, vindo em sua direção, com um macaco nas costas, e pensa:
-E agora, o que é que eu posso fazer?

Mas, em vez de correr (sabe que suas pernas já doídas não o levariam longe), o cachorro senta, mais uma vez dando costas aos agressores, e fazendo de conta que ainda não os viu, e quando estavam perto o bastante para ouvi-lo, o velho cão diz:
-”Cadê o safado daquele macaco? Estou com fome! Eu o mandei buscar outro leopardo para mim! ”

Moral da história:
Não mexa com cachorro velho… idade e habilidade se sobrepõem à juventude e intriga.
Sabedoria só vem com idade e experiência. ;)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Os animais no plano espiritual

Entrevista exclusiva com Dr. Marcel Benedeti, sobre o destino espiritual dos animais


Este foi o título escolhido pelo autor e veterinário Marcel Benedeti para o livro que relata a reencarnação dos animais, a eutanásia, o sofrimento como forma de evolução desses seres, a existência de colônias que cuidam dos animais no plano espiritual e outras questões importantes.

A obra foi uma das premiadas no Concurso Literário Espírita João Castardelli 2003-2004, promovido pela Fundação Espírita André Luiz. Esse foi o primeiro livro do autor que se especializou em homeopatia para animais e conheceu a doutrina espírita na época em que cursava a faculdade, apesar de sua mediunidade ter se manifestado muito antes desse período. Marcel relata que quando trabalhava em uma livraria e se preparava para prestar vestibular, em um dia de pouco movimento, foi para a parte de baixo da loja estudar e notou que estava sendo observado por um senhor. Resolveu perguntar se o senhor desejava alguma coisa e ele lhe respondeu que só estava achando interessante ele estudar, então explicou que queria passar no vestibular de veterinária e o velhinho disse que não se preocupasse porque passaria. Previu também outros fatos que aconteceriam.

Em seguida se despediu dizendo que se veriam depois. Após alguns instantes comentou com seu colega de trabalho que tinha achado aquele homem esquisito por fazer previsões do futuro. O colega disse que não havia entrado ninguém na livraria, foi então que se deu conta de que se tratava de um espírito. Este mais tarde é que lhe ditaria o livro.
O tema da obra fez tanto sucesso que se transformou também em programa de rádio. Nossos irmãos animais vai ao ar toda quarta-feira, às 13h na Rede Boa Nova. Com apresentação de Ana Gaspar, Maria Tereza Soberanski e Marnel Benedeti.

Como o livro foi escrito?

Escrevi o livro em menos de um mês, durante os intervalos das consultas, mas o espírito que ditou não quis se identificar. As cenas foram surgindo em uma tela mental e ao mesmo tempo um espírito narrava os episódios. Outras vezes, não havia imagem, apenas a narrativa; nesses momentos se tornava mais difícil. Apesar de achar o livro maravilhoso, não acreditava que alguma editora pudesse se interessar pelo assunto. Mas certo dia estava ouvindo a rádio Boa Nova quando anunciaram o concurso literário espírita. Resolvi participar e acabei ganhando o concurso 2003-2004 e editando o livro pela editora Mundo Maior.

O que o livro acrescentar para os veterinários e pessoas que possuem animais?

Se as pessoas não tiverem a visão espiritual em relação aos animais, que eles tem espírito e sentimentos vão continuar tratando esses seres como objetos, como era há pouco tempo atrás. Essa onda de conscientização é recente.
Entramos na questão também de comer carne; cada um tem que perceber o que está fazendo. Eu mesmo comia carne e parei para pensar porque comia, se meu corpo recusava, me fazia mal... Mas quando comecei a lembrar as descrições feitas no livro a respeito do matadouro, passei a sentir repugnância da carne.

Sendo veterinário e espírita, como analisa a questão da eutanásia?

O ser humano tem o carma, o animal não. O animal tem consciência, mas muito mais restrita, em relação ao ser humano. Ele segue muito mais os seus instintos.

Então, como não tem carma, a eutanásia deve ser o último recurso utilizado; o veterinário deve fazer todo o possível para salvá-lo.

Se o animal estiver sofrendo muito e não existir outra maneira, o plano espiritual não condena, porque é um aprendizado tanto para o animal quanto para o dono que precisa tomar a decisão.

Os animais reencarnam?

Há um capítulo no livro que explica como ocorre a reencarnação dos animais. Este descreve que cada espécie de animal leva um tempo para reencarnar, mas por possuírem o livre-arbítrio ainda muito restrito, uma comissão avalia as fichas dos animais e estabelece o ambiente que deverão nascer e a espécie.

Como o conhecimento espiritual pode ajudar o veterinário no trato com os animais?

O veterinário, em geral, por natureza, mesmo não sabendo já é espiritualizado, pelo fato de gostar de animais e querer salvar a vida deles. Quando o veterinário adquire consciência de que o animal não é um objeto e sim um ser espiritual, que possui inteligência e sentimento, muda o seu ponto de visa, passa a enxergar os fatos de uma forma mais ampla. Com certeza se mais veterinários tivessem um conhecimento espiritual, o tratamento em relação aos animais seria melhor.

Como é aplicada a homeopatia para animais?

No Brasil, a homeopatia ainda é pouco aplicada nos animais porque muitos acham que não funciona. Só utilizo a homeopatia quando o dono do animal permite e, em casos mais graves, a homeopatia entra como terapia complementar, porque demora um pouco mais para trazer resultado e alguns casos são urgentes.

O uso da homeopatia é igual tanto para pessoas quanto para animais. A única diferença é que o animal não fala, então o dono precisa ser um bom observador para relatar a personalidade do animal para o veterinário, e muitas vezes, não possui as informações necessárias para um diagnóstico mais preciso. Pergunto, por exemplo, se o animal gosta de quente ou frio, do verão ou do inverno, a posição em que dorme, entre outras perguntas do gênero.

Tive o caso, de um gato com câncer e que em decorrência da doença estava com o rosto deformado. Como tratamento ele melhorou 70%. Só não foi melhor porque esse gato saia e demorava a voltar e com isso interrompia o tratamento. Cuidei também de um cachorro com problema de comportamento muito; agressivo. O animal, depois de 10 dias, parecia outro, muito mais calmo. Utilizo também florais para animais em casos emocionais. Se nós equilibramos emocional, o organismo ganha condições combater as bactérias.

E os próximos livros?

Já tenho na editora outro livro em análise que tem o título: Todos os animais são nossos irmãos. E já estou escrevendo o terceiro. Pelas informações que recebi do plano espiritual, serão seis livros.



Entrevista publicada na Revista Cristã de Espiritismo, ed. 29, em 2004.

Dr. Marcel Benedeti desencarnou em fevereiro de 2010.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

GATOS E CRIANÇAS: TUDO DE BOM

Os gatos são animais muito indicados para crianças, principalmente porque são muito limpos. Além disto, se forem de trato fácil, os gatos estimulam as crianças a desenvolverem o sentido de responsabilidade, ao cuidarem de um animal, e a tornarem-se mais afetuosas, já que os gatos adoram festas e às vezes exigem que lhas dêem.
Embora sejam muito engraçados, osgatinhos filhotes não são recomendados para as crianças,por várias razões:

1-Os gatinhos são muito irrequietos e não se tornarão boa companhia para as crianças, porque têm vontade própria e dentes.
2-Ainda não se consegue perceber bem a personalidade de um gatinho. Quando se dá um gato a uma criança, ele deve ter um certo tipo de personalidade que ajudará a que tudo corra bem.
3-Os gatinhos usam freqüentemente as unhas e mordem, quer por brincadeira, quer porque estão a aprender a usá-las e querem descobrir qual o efeito que têm.
4-Se quiser oferecer um gato a uma criança, escolha um gato adulto ou, pelo menos, que esteja quase na idade adulta, e tente conhecer bem o gato antes de o oferecer.
5- A adaptação depende da educação e personalidade do gato e, claro, da criança!


Fonte: http://dicasgatinhosdaufes.blogspot.com/2009/10/gatos-e-criancas-tudo-de-bom.html

O amor de um gato se conquista ...

Sim muita gente acha que gato é um “bicho” muito na dele , não expressa amor . Fico a imaginar se o problema não será da pessoa que não saber ser amada por estes bichinhos tão peculiares...
A minha vida toda tive gatos e eles sempre foram perfeitos na forma de amar deles , você não pode nem deve esperar que um gato se comporte tal qual um cachorro, ele não é um ...
Eles são puros verdadeiros e sabem sim amar da melhor forma possível agora cabe a você merecer ou não este amor...
Por Alinne Pacheco


A vida é valor absoluto. Não existe vida menor ou maior, inferior ou superior. Engana-se quem mata ou subjuga um animal por julga-lo um ser inferior. Diante da consciência que abriga a essência da vida, o crime é o mesmo."
(Olympia Salete)

quarta-feira, 16 de março de 2011

"Se um cachorro fosse seu professor....."

Se parássemos para analisar nossas vidas, veríamos que existe tanta coisa simples que deixamos de lado pra nos entregarmos ao prazer do supérfluo. esse vídeo nos ensina um bocado de coisas e eu gostaria de compartilhar com vcs. Temos muito o que aprender com os cães.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ANIMAIS SALVOS DAS ENCHENTES, DEPOIMENTO IMPRESSIONANTE CONTA COMO FOI O RESGATE EM TERESÓPOLIS

Animais salvos em Teresópolis. Este é um relato impressionante sobre o estado dos animais encontrados logo depois das enchentes. Foi escrito logo após a difícil e emocionante tarefa de recolha e atendimento aos animais pelo Fabiano Jacob, juntamente com o pessoal da ONG Estimação e outros voluntários. Estiveram ingressando em locais quase inacessíveis enfrentando muito barro e em cada canto, a emoção de encontrar algum animal extremamente necessitado, com fome, abandonado, machucado e estressado.

Fabiano Jacob, com quem entramos em contato para solicitar a permissão de divulgação desse impressionante relato, é servidor público, formado em direito, nascido em Ribeirão Preto e atualmente morando no Rio de Janeiro.



Além do relato, o Fabiano ainda nos deu a permissão do uso das inúmeras fotos que ele tirou durante sua ação de salvamento dos animais. Eis aqui seu impressionante relato:



"Chegamos a Teresópolis na sexta-feira por volta das 9h. Nosso ônibus (que não é o melhor dos veículos para resgates, mas que foi guerreiro) quebrou logo na entrada da cidade, mas tivemos a ajuda da Viação Teresópolis que nos colocou no caminho em menos de 40 minutos.


Fomos encontrar a Bebete da ONG ESTIMAÇÃO (que aliás eu não conhecia pessoalmente, mas é mais uma dessas figuras maravilhosas da proteção que merecem todo meu respeito e admiração).

Fomos logo conhecer o galpão improvisado onde ficariam os animais resgatados. Tivemos algumas idéias e começamos a reunir voluntários.


Depois de um rápido almoço, me apresentei ao chefe da Defesa Civil, imediatamente informando nossa missão e dando os contatos.



Partimos para uma das comunidades mais afetadas de Teresópolis. Vocês não imaginam o que é subir um morro, passar por ribanceiras, pontes quase caindo com um ônibus gigantesco de mais de oito toneladas. Mas estamos vivos e tudo deu certo. Então, valeu.

Lá chegando começamos os resgates, contando com a ajuda da população. Casas desabadas, cães vagando com fome e doentes, completamente desnorteados. Pessoas nos pedindo para resgatar e cuidar de seus animais, pois não tinham mais condições.



Foram dezenas de animais resgatados e vou sentir saudades do Leão, do Tiger, da Branquinha, da Neguinha. Rezo para que o mais rápido possível consigam um lar, mesmo que provisório. Cães maravilhosos, meigos e muitos que se entregavam em troca de um afago naquele momento de perda.

Por volta da 18h30hs. já quase sem luz e com a capacidade do ônibus ultrapassada em muito com os animais, tomamos rumo ao galpão. E que felicidade ao chegarmos e vermos dezenas de voluntários, estudantes de veterinária, veterinários, dentistas, jovens, senhoras. Todos dispostos a fazer de tudo por aqueles animais. Uma visão emocionante, dentro das muitas que JAMAIS vou me esquecer dessa missão.

Acomodamos os animais, descarregamos os 100 kg de ração doados pela Comissão ao abrigo da Bebete e tentamos coordenar e dar algumas dicas de administração de crise (que espero que a Bebete esteja seguindo).

Partimos com a equipe, na certeza de que a situação estava encaminhada e torcendo MUITO por todos.
Um especial obrigado a um garoto (uns 17 anos) chamado Yuri que, de forma voluntária nos acompanhou durante o trabalho e ainda está auxiliando a Bebete... muito abnegado... um verdadeiro protetor!

Havíamos recebido um chamado, de meu amigo Ricardo Ganem (está aqui no Fb) que é gerente do INEA e estava coordenando os resgates e doações para os desabrigados e vítimas de Itaipava. Como ex funcionário do IBAMA, e atual do INEA, biólogo e amante dos animais, precisava de nossa ajuda para a montagem de estrutura e resgate de animais na região mais afetada de Itaipava.

Nem vou comentar como aquilo está, pois nem as imagens que trouxe traduzem a realidade. Conseguimos resgatar os primeiros 20 animais de lá, montamos a estrutura (com tudo do bom graças ao Ganem) e chegamos ao Rio de Janeiro por volta das 20h.

Então, tenham a certeza de que Teresópolis e Itaipava estão muito bem amparados no que se relaciona aos animais nessa crise.


Particularmente Teresópolis precisa de doações e estarei colocando no tópico a seguir como fazê-lo. Doação de TUDO principalmente de voluntários, remédios e produtos de limpeza.



Já em Itaipava, graças ao Ganem (competente até debaixo d'água) as necessidades não são tão grandes, mas voluntários são bem vindos!" (relato e fotos: Fabiano Jacob) Leonardo Bezerra

Fonte: http://jornalanimais.blogspot.com/2011/01/depoimento-impressionante-mostra-como.html
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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Alguém que não conseguir entender tão sublime relação de amor... Provavelmente não sabe amar...

O que há de mais perfeito na criação divina:
Crianças e cachorros  são a sinceridade em forma humana e canina ...






















O Amor entre humanos e cães...

INOCÊNCIA, FRAGILIDADE, DEPENDÊNCIA, TERNURA, BRINCADEIRA, PUREZA, SABEDORIA "Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde é voltar ao Éden, onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz." Milan Kundera


É muito difícil falar sobre amor sem entrar numa área um pouco filosófica. O ser humano há milênios tem uma relação estreita de amizade e fidelidade com os cães. Vou procurar fazer uma pequena análise do amor que o homem sente pelo cão, já que as abordagens sobre o amor que os animais dedicam aos humanos são mais freqüentes. Vamos partir do princípio que, ao nascermos, somos uma folha em branco a ser preenchida pela nossa relação com nossos pais, irmão, amigos, professores, por todos, enfim, que fazem parte da nossa vida.

A sensação que um bebê, que pouco ainda tem de si desenhado nessa folha branca, apresenta diante de um bichinho, um cão, um gato, é positiva em noventa por cento dos casos. Quem já teve a oportunidade de observar com atenção uma cena dessas sabe como o bebê fica feliz, extasiado de ver um animal. São suas primeiras sensações positivas diante de um ser de uma espécie diferente da dele. Mesmo aqueles bebês que manifestam algum sinal de medo do animal, assim que são postos num lugar seguro para dali olharem os cães, sentem um grande prazer em ver os bichinhos pularem, correrem, brincarem. Só esse contato entre um animal e um bebê, que se encontra num estágio de vida muito mais sensorial do que racional, já nos permite perceber quantas afinidades existem entre nós e os cães.

Depois crescemos um pouquinho e aí vem aquela fase em que nossa imaginação fica a mil. Então a boneca é a nossa filhinha, e o amigo imaginário nos obedece, briga conosco, fica de mal como se existisse de verdade, e o nosso cãozinho se transforma no nosso mais querido brinquedo. Podemos colocá-lo de castigo, dizer o que ele pode e o que não pode fazer, somos soberanos em relação a esses inocentes, mas também começamos a amá-los de forma intensa. E enquanto exigimos deles total obediência a nossas tiranias, eles permanecem do nosso lado – com a paciência de um ser iluminado e desenvolvido espiritualmente. Parece que eles entendem o quanto é importante para o desenvolvimento de uma criança ela poder mandar neles, ela poder ser uma pequena ditadora. Para eles não importa, pois sabem que são amados e respeitam a criança sabiamente.

E aí vem a adolescência. Embora ainda muito amados, os cães são deixados um pouco de lado por seu dono adolescente, pois os adolescentes podem tudo, só não podem perder tempo. Quando estão em casa, não param de falar ao telefone. A sorte, para o cão, é que os adolescentes, para isso, se refugiam em seu próprio quarto, e nessa os cães são experts em entrar sorrateiramente na grande ala que é proibida para os outros integrantes da casa. Está certo que o cão de um adolescente fica esquecido nessa fase da vida do jovem, trocado pelos namoros e pelas paixões passageiras, pelas saídas constantes e por interesses mais consumistas. Mas um cão é paciente e compreensivo. Não importa quanto tempo demore essa fase, ele estará sempre lá, alegre quando seu dono chegar, extremamente feliz quando receber uma carícia mesmo que rápida, sem sentir rancor nem mágoa por não ser mais o centro das atenções de seu jovem dono. Simplesmente porque ele sabe, como nenhum outro ser, amar incondicionalmente.

E então nós nos tornamos adultos. Adultos estressados. Trabalhamos feito loucos, comemos mal, enfrentamos o trânsito. Ah, o trânsito... O que não teria escrito Danthe se vivesse o inferno do trânsito? As contas, as responsabilidades. Trabalhamos incessantemente durante a semana para termos dois dias de descanso, isto é, na verdade um dia, pois aos sábados temos que ir ao supermercado, ao shopping, mandar lavar o carro, nos dedicar aos filhos muito mais. Como conseguimos sobreviver nesse caos? Entre outros motivos, com a ajuda de um ser que é pura INOCÊNCIA, FRAGILIDADE, DEPENDÊNCIA, TERNURA, PUREZA, SABEDORIA: o cão. Características suficientes para amarmos um cão, não?

Mas ainda há mais: as lembranças boas que temos dos nossos cães, adormecidas na infância, nos aquecem o coração. Mesmo aquelas pessoas que não puderam ter um cão na infância voltam a ser um pouco crianças ao verem um bichinho com olhar tão meigo, inocente e frágil como é o olhar de um cão. Impossível não lembrar de uma boneca preferida ou de um ursinho querido.

Nós amamos os cães porque só os animais tão próximos de nós como os cães parecem enxergar a bondade que se esconde em todo ser humano. Qualquer pessoa tem seu lado bom, seja a nossa vizinha mal-encarada que não dá bom-dia pra ninguém, mas que, a gente sabe, trata seu próprio cão a pão-de-ló; seja um homem capaz de matar outro homem, mas incapaz de maltratar seu cão de estimação.

Um cão tem a capacidade de amar o que somos, amar nossa alma. Você pode ser um anão, um deficiente, um hexacampeão de Fórmula 1 (aliás, o Schumacher adotou um vira-lata brasileiro, que encontrou vagando pelo autódromo de Interlagos); se você tiver um cão, pode estar certo: ele amará você. Para um cão, não importa se você é uma freira, uma prostituta, o presidente do país ou um mendigo. Ele também não está interessado na sua profissão, na sua cor, nas suas preferências sexuais, se você é carteiro, bombeiro, médico, lixeiro, entregador de pizza, empresário.

Amamos um cão porque somos amados por ele. Amamos um cão porque muitas vezes conseguimos nos comunicar melhor com eles do que com os humanos que estão ao nosso lado. Amamos um cão porque eles são inocentemente egoístas. Nos querem só para si, e não escondem seus desejos. O ossinho é só dele, o brinquedo é só dele, a casinha é só dele. E pronto. Simples assim. Tudo é simples em um cão. Até seus defeitos são tão escancarados, são tão descaradamente sinceros, que fica muito difícil não acharmos virtudes neles.

Pequeno depoimento pessoal: Se hoje estou podendo estudar e trabalhar com esses seres especiais, é porque devo muito da minha vida às minhas duas cachorras. Elas me tiraram de uma depressão por ter perdido meus pais muito jovem. Se não fosse a necessidade de cuidar delas, o contato com esse lado desarmado e inocente da vida que elas representam, eu não teria conseguido reaprender a ser feliz. Obrigada, Scully e Zazá, meus amores incondicionais, por terem me trazido o amor de volta à minha vida.


Autor: Kátia Regina Aiello (Adestradora e Psicóloga Comportamental)
kraiello@hotmail.com